A Dr.ª Teodora calou-se. A UTAO emudeceu. Estes silêncios são desesperantes
para Pedro Passos Coelho. São coisas do Diabo!
Para suprir essas falhas de comunicação, Pedro Passos Coelho (PPC) realizou
uma reunião de 40 minutos com os deputados do PSD.
As declarações de PPC são
exaustivamente descritas pelo ‘Observador’,
uma espécie de ‘Bandarra’ da direita
neoliberal portuguesa, em ‘site’ electrónico.
Coelho fixou exasperado porque o IGCP, dirigido por Cristina Casalinho por
si nomeada, antecipou um pagamento ao FMI de dois mil milhões de euros,
poupando 41 milhões de juros.
O frustrado Coelho entende que diminuir dívida
externa, paga a 4,5% ao FMI, é uma medida lesiva do interesse nacional. É mesmo
a total exasperação do homenzinho que, a cada minuto, hora e semana, se
apercebe que, mais cedo do que tarde, vai ser afastado da liderança do PSD.
Com a alegoria a foguetes intempestivos, mais a mais em época do ano em
que a diversão da romaria cede o lugar à comodidade do lar, o mesmo homenzinho, por
enquanto líder do PSD, considera que o executivo de António Costa (AC) fez esse
pagamento, porque atrasou a recapitalização da CGD para 2017.
O que também o deixou embravecido foi o facto do presidente Marcelo Rebelo
de Sousa ter expressado com clareza que estamos a viver um período de
estabilidade. – Estabilidade não é confiança! – sentenciou Coelho no tom de
idiota arrogante, de quem está convencido de que haverá uma maioria de
portugueses que acreditam no que vai comunicando.
Com a ameaça de afastamento do PSD, acicatada pela popularidade e
resultados de sondagens favoráveis ao governo de AC, acrescentou mais um
disparate ao discurso: - É um governo que não merece governar 4 anos. –
Sabe-se que o grotesco epíteto da ‘geringonça’, da autoria de duas figuras
asquerosas da política portuguesa (Pulido Valente, falso nome de Correia
Guedes, e Paulo Portas); esse epíteto, dizia, criou em PPC a expectativa de que
o executivo actual tinha vida curta. Mas, como é limitado de inteligência e está
viciado na cultura de ditos e mexericos, talvez o PSD, não ele que está de
partida, tenha de esperar 4 anos de mandato de AC, a fim de chegar ao paraíso
do ‘radicalismo do amor’, ideia apaixonada da ex-companheira de governo
Cristas, uma romântica indisfarçada.
A terminar: Passos Coelho nunca explicou como reduziria o financiamento de 600
milhões de euros à Segurança Social, tornando-se, portanto, mais absurdo vir criticar
os 430 milhões de “cativações permanentes”, segundo palavras suas. Contradicções e mentiras, é sabido, são a sua especialidade.
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