quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Novo Banco e novo e mais elevado défice 2014 (7,2%)

O alerta tinha sido dado ontem por Catarina Martins do BE, a propósito do agravamento do défice de 2014 para 7,2%, hoje divulgado pelo INE - pouco abaixo dos 7,4% registados em 2011. 
Com défices desta ordem, no começo e no fim do mandato, então o que é que mudou na vida dos portugueses por acção do governo de Coelho e Portas? Muito, porque o défice poderia ser ainda mais acentuado, caso não tivesse beneficiado do brutal aumento de impostos, do corte de salários na função pública e dos cortes de pensões. O número de portugueses em risco de pobreza aumentou (ver Eurostat), o desemprego jovem regista valores catastróficos, os salários desceram (1/5 auferem o SMN contra 1/9 há 4 anos). Enfim, este é o tipo de temas de que Coelho e Paulo Portas fogem a sete pés na campanha eleitoral, a fim de se concentrarem apenas nas críticas do programa do PS, já que do seu apenas se pode admirar o vácuo.
Preto no branco, o INE no documento PDF anexo à notícia é categórico:
..."as revisões dos resultados para 2014 reflectem, sobretudo, a inclusão de 4,9 mil milhões de euros relativo à capitalização do Novo Banco (NB) como transferência de capital"...
Coelho e a amanuense Albuquerque, com a servil conivência de Carlos Costa do BdP, andaram a propagar duas mentiras: (i) a injecção de capital no Fundo de Resolução não implicaria custos para os contribuintes, (ii) o governo nada tinha a ver com a matéria do BES e Novo Banco, porque - diziam - tratava-se de um assunto do Banco de Portugal, o regulador.

Coelho é trapalhão e quanto a contas não é certo nem atempado; sejam as contas pessoais (Finanças e Segurança Social), sejam as contas do Estado  - o lapso do pagamento ao FMI que não existirá, sendo mais um de muitos a juntar a inverdades contínuas. 

A amanuense é campeã das contas falhadas. Bateu todos os recordes relativos ao número de orçamentos rectificativos e prepara-se uma vez mais para errar a valer. Segundo o "Jornal de Negócios" de hoje, a UTAO, sustentando-se no défice no 1.º semestre atingiu 4,7%, considera muito problemático atingir o objectivo de 2,7% para este ano, como o governo prevê.

Doutorado em Finanças Públicas, o que dirá Cavaco de tudo isto? Nada ou então que fiquemos tranquilos porque tudo é louvável neste governo, até a asneira.  

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