sábado, 19 de julho de 2014

O Paulo Padrão (BES) deixou de comunicar

Chamem-lhe obsessão, capricho, cisma … o que quiserem! Nos círculos profissionais por onde me movimentei, conheci o perfil medonho de Ricardo Salgado e, em especial, os desmandos e comportamentos de promiscuidade política em que o ex-presidente do BES se notabilizou – ‘Até hoje 25 membros de Governo já tiveram ligações ao GES’ é elucidativo.
A figura de ‘Al Capone’ inspirou-me para dedicar a Salgado este ‘post’ a respeito da lesão dos interesses nacionais e estoutro sobre o esquecimento de obrigações de contribuinte e as três rectificações de declarações fiscais a que Salgado foi compelido, sob a complacência cúmplice do BdP. Ambos foram publicados em 5 de Fevereiro de 2013.  
Sem querer, tive razão antes do tempo. E mais: o que critiquei e divulguei é uma gota de água no oceano de intrujices que, a cada dia, vêm ao conhecimento do público. Além de escandaloso, e em qualquer país de justiça célere, objectiva e isenta em termos do estatuto dos cidadãos, o financiamento de 897 M de € pela PT ao GES colocaria em alto risco de punição criminosa qualquer Granadeiro, que, a pedido do amigo Salgado, usasse o dinheiro da ‘telefónica’ em manifesto prejuízo de outros accionistas e do interesse nacional – a fusão PT/OI ficará reduzida a uma participação da PT à volta de 25%, quando se esperava ficar próxima dos 39%.
Mas os destroços espalhados pelo BES não ficam por aqui. A CGD, o BCP e o Montepio Geral – sou mutualista – têm uma exposição ao GES/BES da ordem dos 800 milhões de euros. O sector financeiro, a despeito de 3 anos de ‘troika’, da “excelsa” supervisão do BdP, continua portador das mais perigosas bactérias da crise que atinge Portugal e demais países europeus.
Neste percurso das histórias, pessoalmente, tenho uma garantia: um tal Paulo Padrão, ‘ex-comunicador-mor’ do BES, foi afastado por Vítor Bento – já não será o Paulo do Bento.
No tempo de Salgado, de forma sub-reptícia e sinuosa, Paulo Padrão, director de comunicação do BES, agora afastado por Vítor Bento, soube o meu número de telemóvel. Falou-me em tom ameaçador com o objectivo de me conhecer pessoalmente. Certamente que os meus ‘posts’ foram incómodos para o seu ex-patrão Salgado e, zelosamente, desafiou-me para uma refrega. Desmascarado, graças também à ajuda de amigos do blogue ‘Aventar, o valentão recuou e calou-se.
Protegido pelo rubicundo Catroga, espero que aproveite o tempo para reflectir e aprender a comportar-se como um cidadão que saiba limpar as atitudes reles que o amparo de poderosos lhe permitia.
Certo, certo é que, sendo sportinguista e amigo de Ronaldo com quem estabeleceu contratos de publicidade de elevado custo para o BES, deixará de ter tais poderes, assim como a arrogância e a maldade que o próprio ‘Expresso’, em especial Nicolau Santos, denunciou.
Os poderosos e lacaios jamais me intimidaram e continuarei sem receios. Tenho meios para me defender.

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