terça-feira, 22 de julho de 2014

Dívida Pública na Europa – Portugal permanece no pódio (3.º lugar)

A fonte é o Eurostat e o ‘Público’ divulga a notícia de evolução do endividamento dos países da UE, destacando nomeadamente o seguinte:
O jornal também sublinha que, no final do 1.º T de 2014, a dívida atingiu 221 mil milhões de euros, ou seja, 132,9% do PIB ou mais 7 mil milhões do que no 4.º T de 2013, o trimestre precedente.
Com estes valores, depois da Grécia e Itália, continuamos a garantir o 3.º lugar do pódio dos países devedores da EU, ou seja, num universo de 28 nações, todas elas devedoras.
O insucesso da gestão das contas públicas, e em especial a renúncia à ideia de reestruturar ou renegociar a dívida continua a ser diabolizado pelo incompetente governo que nos desgoverna, no qual, no domínio da dívida do Estado, a amanuense Albuquerque é a figura mais obsessiva e irracional na resistência ao recurso à reestruturação ou renegociação com os credores.
O cenário económico é marcado por uma absoluta estagnação – o BdP anunciou um índice de produção industrial nulo (0,0) em Maio de 2014 – e o resultado das punções depressivas do GES ainda estão longe de se revelar na autêntica expressão que vão alcançar.
Dos lados do governo, seus acólitos e de alguns amigos na Zona Euro, ouvimos os elogios aos sucessos do programa da ‘troika’, PAEF. Contudo, a dívida continua a crescer. No IGCP, a um Rato fugido para o BES sucede uma Casalinho. Vai continuar a festejar-se semana sim, semana não, a ida aos mercados para acumular liquidez… e dívida.
Se a dívida dispara, os juros também implodem. O défice orçamental fica ameaçado e toca de carregar nas tintas da austeridade.
Os portugueses, por anos e recusa ridícula de uns quantos a acordos de reestruturação com os credores, tendem a sofrer por largo tempo os infortúnios de uma austeridade que, feito o balanço, serviu para salvar – e mal – a banca e dizimar parte substancial do frágil tecido económico, com o subsequente desemprego e expansão da emigração de jovens qualificados.
Se com Sócrates (94% do PIB de dívida pública em 2010) estávamos em bancarrota, a despeito da protecção de Draghi, vamos lá voltar e de forma mais dolorosa. O risco dos juros entrarem em alta tem probabilidade elevada, como adverte Hans-Werner Sinn, do Instituto de Pesquisa alemão, no suplemento de ‘Economia’ do ‘Expresso’ do último sábado.
Nessa altura, toda a rataria estará já foragida. Passos poderá voltar para as mãos do admirador Ângelo, a loura Albuquerque talvez vá para o FMI pela mão amiga do Vítor, Portas regressará AR e a restante tralha andará por aí, à moda do misericordioso Lopes. 

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